[fui escrever sobre ela mas não consegui. nada explica, define, demonstra o que aprendi e vivi nestes 8 anos. tudo de resume a um sentimento: Amor incondicional e hoje a ele se une o apego e a saudade]
4/12 16h10




[ela sorri porque a chuva lava a alma, refresca o ar e mostra que o mundo esta se revoltando com o ser humano. assim com ela. assim como os bons que não maltratam animais, respeitam idosos e são generosos esperando que assim o mundo fique menos cruel. ela sorri da esperança ou da certeza que esse mundo aqui não tem mais conserto. os filhos deixados viverão num mundo que seus pais destruiram para eles. Ele só divaga e segue.]
2/12 17h06


[ela viu a chuva cair e o sol queimar a pele. viu a barriga e o desleixo tomarem conta Dele. viu a fome por chocolates e a tristeza se instalarem em definitivo Naquela alma, assume de fato que Ele estava buscando a felicidade, nas ordens desconexas, nas marcas inexistentes, no controle imaginário que compunha Seu mundo. ela talvez quisesse fazer parte dessa ilusão, mas ela não sabe dissimular, fingir e ai as coisas se complicam porque Naquela fantasia essa era a base. ela desistia. coca light gelada, roupa leve, perspectivas dolorosas - mas nada comparado a dor que ela passou nos últimos meses. a ausência fez ela ter dores menores pq aquela era quase insuportável, respirar doia como uma culpa de ainda estar aqui. Ele continuou na página do livro do talvez, do quem sabe, do amor não assumido, da vida desvivida. ela limpava as gavetas, os medos e o vazio aumentava - era preciso tirar todas as teias dos sonhos e seguir. ela ia]
01/12 18h28

[o sol a transformava. por algum motivo obscuro ela queria ser flor, passarinho e brisa. ela queria ir e só ir sem ter que voltar, pensar, sentir, decidir. queria só ser e que Alguém definisse o mundo pra ela. é queria, mas querer não resolve. ela volta pro sol a pino, laptop, decisões, orçamentos e tudo que vem no pacote, mas num rompante ela pensa: e se esquecer o pacote no terminal rodoviário, algo muda?]
30/11 16h49



[ela sentia-se estranha. faltava algo. talvez a dor que a ausência mudou. talvez a saudade que entrava aos poucos no lugar do desapego. talvez.... Ele mescla euforia e grosserias, ela ignora. Ele se fecha no mundo de azulejos como sempre fez. ela se isola no som do itunes como quem diz: não quero mais brincar. eles seguem entre silêncios, palavras desditas e não compreendidas e um novo bicho que traz histórias inéditas ao cotidiano já cansado de chiados sem sintonia]
30/11 11h23


[ o mundo correu muito nos últimos tempos. ela se fechou em suas dores e tentou refazer o trajeto. Ele, ela não sabe, ou sabe apenas que Ele tenta encontrar motivos para seguir com Suas escolhas. ela silencia porque decidiu o que quer para a próxima década. Ele quer/queria apenas que Seu sonho de alice fosse um pouco verdade. Ele busca caminhos que desmintam necessidades e sentimentos. ela assume eles e tenta viver um pouco por dia mesmo querendo que os dias terminem antes. ela emudece no mesmo mundo em que Ele grita por socorro]
29/11 20h20

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