obs: estes originais estão sem acento..assim que tiver um tempo acentou..=)

[...ela ia andando pela rua, um sol lindo no ceu, cedo, o vento gelado acordava os olhos e o sorriso no canto da boca nao tinha motivo aparente, mas ela estava feliz. Olhando as pessoas na rua, seus trejeitos, suas faces ora enrrugadas pelo vento, ora diminuidas pelo sol, quem passa fala em diversos idiomas..e ela se pergunta: onde estou? Na ponte um vento mais forte, uma brisa suave e um cheiro bom de vida....ela se responde: estou onde escolhi estar, amando qem escolhi amar, construindo minha vida...e sorrindo pro acaso que passa...e passa.]


[ela dormiu esperando o telefone tocar. Ele acreditou que nao deveria ligar.
Ele teve um sono agitado, perdido. ela sonhou com a casa nova, novos moveis, nova historia.
ela sente saudades. Ele nao. ela chora e sorri com a mesma intensidade. Ele so cala.
..o tempo fez deles refens do nada, da pagina em branco, do vazio.
Ele se convence que o mundo cabe em um quarto. ela canta Elis baixinho pelas ruas da cidade.
ela descubriu tantas coisas nos ultimos dias. Ele repete e repete a mesma estrofe, sem riscos.
Ele acredita num momento possivel, um dia, quem sabe, quem dera. Ela vive os momentos.
... sem apostas jamais vao saber se este e o caminho, o trajeto, o rumo.

ela vomita o medo, a duvida e sente o bom e o ruim. Ele de novo, so cala.
Ele sobrevive. ela esta aprendendo a viver.
ela sorri. Ele titubeia.
... e as faces ja nao refletem so luz.
Ele franze a testa. ela curva os labios num sorriso minimo.
ela sente-se melhor. Ele se sente sozinho.
Ele descre na vida, nas pessoas, no mundo. ela cre no que sente e se move por isso.
....Catavento e girassol, mesma forma, luzes diferentes. Vento, vida...]

[O sol la fora lhe ardia os olhos, ela havia dormido menos de 1h esta noite e ja estava na rua a caminho do trabalho. Cantarolava baixinhu uma musica que ouvira algumas vezes durante a noite, nao sabe se tocou mesmo varias vezes ou se ficou apenas com a sensaçao.
Distraida ao atravessar a rua, uma freada forte e o susto..ela nao havia visto o carro. Balança a cabeça, sem graça e segue. O motorista para o carro um pouco mais a frente e vem como que “tirar satisfaçoes” sobre a displicencia dela.
Tipica pessoa que busca discussao por nada...ela nem ergue os olhos e pede desculpas. Ele fala incansavelmente, ela sorri como que rindo da propria tragedia. O homem com voz agradavel e extremamente irritado fica irado com o sorriso dela, ela tenta se desculpar mais uma vez e ergue os olhos....
A musica da noite anterior ainda retumba em sua cabeça e os proximos segundos se tornaram um clipe da musica...os olhos dela desmontam a ira dele. Ambos começam a rir, ela sussurra meio noscense a musica que lhe persegue desde a noite anterior, ele complementa a estrofe.
Ela mantem o sorriso nos labios, ergue a cabeça e segue..ponte acima. Ele oferece carona, pede o telefone, sinal de fumaça, pombo correio registrado, qualquer forma de encontra-la novamente, ela cala e passa, nao quer alguem stressado assim e mesmo sem saber o passado dele nao quer apostar no futuro.
Continua cantarolando e segue..
O dia lhe reserva bem mais que impulsos, e a opcao da surpresa positiva se mantem. Alguem mais humano e menos no limite a de cruzar seu caminho e faze-la sorrir por um bilhetinho bobo entre as compras do mercado...
detalhes que fazem a diferença..e fazem valer a pena!!!]

[ela nao consegue esquecer os detalhes. Ele sorri como criança nem sabe do que. ela olha com olhos amendoa. Ele engole com a boca carnuda. ela titubeia palavras ao leo. Ele silencia como quem constroi um romance.
ela refaz o trajeto de quando se conheceram. Ele procura em um mapa o rumo pra onde essa historia vai. ela bebe coca diet. Ele dedilha uma musica estranha na madeira da mesa. ela sente saudades. Ele vive a saudades.
ela so queria sentar no boteco e falar horas com Ele sobre a vida. Ele so queria ter horas ao lado dela, num boteco, em casa, de dia, a noite. ela so queria sentir a mao Dele em seu pescoço. Ele queria apenas a boca dela calando a Sua.
...eles se cruzam..sorriem e seguem. Cada um escrevendo a sua historia, juntos??? vai saber]


[....o dia prometia fortes emoçoes..a musica alta logo cedo refletia uma alegria desconhecida para o horario. Ele havia tido um sonho estranho, mas estava sereno..como ficamos depois de um sorvete de chocolate imenso... sereno e repleto...Tomou banho com o som alto..pensou na vida enquanto cantarolava a musica, se vestiu.. e deixou no quarto a eterna zona diaria e saiu.
Na rua..as pessoas pareciam mais felizes, como se tivesse um sorriso nos labios e um luminoso nos olhos. Ele nao estava entendendo de onde vinha toda essa luz e energia...prosseguiu. Pegou onibus, chegou no trabalho...e a vida foi seguindo seu rumo rotina do dia.
Num determinado momento Ele saiu para dar uma volta, meio andando para casa e desacreditando nas pessoas e na felicidade que elas emanavam, algo realmente estava acontecendo - mas ponderou por um momento e chegou neste instante a crer no ser humano e na sua capacidade construtiva, quem sabe estavam descubrindo a importancia de sentir alem do simplesmente ser.
Passou na padoca comprou dois paes, um guarana e relembrou o que havia na geladeira para fazer um sanduiche, entao pediu mais algumas gramas de presunto - e estava encafifado porque a senhora que sempre o atendia era resmungona e estava sempre com pressa e hoje ela parecia menos aflita, menos coelho da Alice. Pegou sua compra, entrou em casa.
Estava vazia.
Foi ao som..apertou o play, e a musica da manha continuou a tocar na mesma altura e intensidade. Dirigiu-Se entao para a cozinha, pensando em tudo que colocaria no sanduiche, no caminho a porta do banheiro estava aberta. Ele passou. Parou. Deu uns passos para tras.
E Se olhou no espelho do banheiro.
Descubriu entao que nao eram as pessoas que estavam mais felizes, mais luminosas, mais sorridentes. Ele havia aprendido de alguma forma a se sentir feliz e nao apenas ser feliz - essa foi a energia que Ele dissipou por onde passou no dia em que nao sabia, mas ja estava repleto de boas sensaçoes...e plenamente feliz, sem motivo aparente, so feliz e bastava-Se em Si.]


[ela nao sabia admitir mas era preciso, este era o momento exato de abrir mao, de desistir. seus olhos marejados de lagrimas, lendo nas palavras Dele a sua propria historia, o que deixou de lado, o que deixou de viver - e olha que ela viveu pra caralho...viajou, arriscou sempre..mas a algum tempo havia perdido esse brilho e sequer havia notado.
ela nao sabia assumir, era covarde com seus sentimentos, nao queria desamar ninguem...mesmo que isso machucasse, sentir-se amando era importante. ate a conversa casual ter lhe pintado em luzes fluorescentes..
o amor acabou
- e a sensacao nem era de dor..... era uma perda.... e ela invadiu sua tarde, e as ruas da cidade como se soubessem do que acontecia se pintaram de cinza e pareciam mais silenciosas como que conspirando para a certeza.
perda de tempo, de vida, de novas historias - de tirar da gaveta o brilho dos olhos, as ideias malucas e seguir em frente...de dividir esse mesmo brilho, as vontades, os riscos impetuosos com Alguem que quisesse ouvi-los, vive-los, compartilha-los - era essa a diferença.
nada a ver com mais ou menos sentimento...era preciso sentar no parapeito da vida e repensar o processo.

ela silenciou por um tempo.
Ele falava do mundo e ela respondia falando meio Dele, meio de si...ja nao sabia se conjugava na primeira ou terceira pessoa ou ainda na primeira do plural...e no momento seguinte a conversa, uma serenidade invadiu-lhe a alma. ela continuo a ouvir a mesma musica repetida e incansavelmente..como que entrando na historia e percebendo que tantas outras historias tambem se fazem assim, de detalhes que surgem do nada e nos supreendem, capazes de sensaçoes que nao acreditamos existir e que estavam na espreita esperando para acontecer.
Ele seguiu para as coisas do dia que tinha que fazer, ela continuou no trabalho entre mil historias, sensaçoes e um luminoso na porta dizendo: passou.]

[Ela pensou em ligar meia noite e um, para desejar Felicidades, mas repensou e desistiu o inicio do dia em que nascemos deve ser contemplado, celebrado e como nao podia estar por perto nao via como coerente, interromper a celebraçao Dele.
Ela pensou muitas coisas, boas ideias, boas musicas, bons pensamentos mesmo e direcionou tudo isso para Ele. Que Suas maiores ausencias fossem tambem Suas maiores recompensas.Que acreditar fosse sinonimo de executar e que sorrir fosse sim o mesmo que sentir-Se feliz.
Ela acordou cedo...tomou cereal com leite, colocou uma musica e pensou o que escreveria. Decidiu por um texto sobre ritos, etapas...que celebrasse a vida e bendicesse o mundo que Ele ja traz na mochila. E junto com estes agradecimentos ela depositou todos os papos, risadas e silencios que ja dividiram e percebeu que se conhecem a muito pouco tempo, mas criaram uma afinidade especial.
Ela sentou na sala e começou a contar, riu a beça sozinha e a cachorra olhava como que pensando: ela pirou. Os ulitmos meses eles tem se falado mais que quando estavam mais perto...mudanças geram expectativas e os dois haviam passado por sensaçoes diferentes nos ultimos tempos.
Ela lembrou do pe de moleque na festa...sabia que Ele gostava, e do quentao...e da raiz que a festa e o mes de junho trazem - ela sentiu saudades, teve momentos de silencios outros de extrema euforia mas a saudade estava al, presente, lembrando que em outro lugar do planeta, Ele faria aniversario e ela queria muitooo que Ele fosse feliz.
O dia passa cinza, silencioso...talvez ela ligue, talvez so amanha...talvez num impulso interrompa a introspecçao Dele so pra dizer: oh a Terra ficou muito melhor anos atras no dia de hoje....porque nascia um Menino/Homem audaz, covarde, idealista, profeta, falante mudo, com dons de musico, poeta e artista..que traz na veia processos de sentimentos nao comuns nos dias de hoje...:)
ela sorriu baixinhu e agradeceu esse mesmo mundo que deu a ela a oportunidade de conviver com Ele.]


[Era um dia normal pelas ruas do Rio. Sol. Vento. Assalto. Gente bonita. Buzinas. Bicicletas.
Era sabado, um qualquer do calendario, ela saiu de casa para celebrar a vida.
Andou pela praia, voou sobre o mar, acordou os de bem, abençoou os nao de bem, e seguiu..e pelas ruas viu:
vida. tristeza. cerveja gelada. fome. corpos bonitos. animais abandonados. vida. Brasil.
E no momento seguinte seu coraçao exitou, alguma coisa nele dizia que era hora de realmente ventar.
Ela sentou-se na beira mar, respirou fundo e esperou que ele parasse.
Ele parou, e neste primeiro solfejo...ela voou alto...passou pelas pessoas que ama, que gosta e ate pelos inimigos ela sorriu...ele voltou...o pulso fraco, a vontade de ventar imensa..mas era preciso decidir a rota - ninguem venta sem saber para onde, ao menos nao ela.
E ai o passeio dela estava sendo interrompido por vozes desconhecidas, confusas..ela serenizou. ele pulsava mais forte agora, mas ela sabia que ele iria parar um pouco mais a frente.
e aconteceu.

ele brigou 15 minutos para permanecer parado, mas ela nao havia ainda selecionado a mochila que levaria consigo, nem os caminhos dos grandes canyons por onde seguiria, buscava neste momento seu amigo da Nuvem para lhe acompanhar..por isso ainda esperava para ventar.
Ela viu sua vida, seus amigos, seus filhos, amores eternos passarem neste tempo humano com uma clareza de um filme de cinema, ouviu as cançoes de ninar de sua avo, e as outras que aprendeu num corpo grande mas na alma de uma menina linda que sempre foi.
Conheceu todos os seus bichos no trajeto humano de 2 dias de espera...cruzou por todas as cartas do tarot que sempre lhe deram a sensibilidade e luz que mostrou ao mundo e por fim...encontrou seu amigo Nuvem que estava ali so olhando...lhe sorriu, estendeu a mao e foi ventar.

Era uma terça feira normal pelas ruas do mundo.
Era solsticio de inverno nas ruas do Rio.
Era um dia especial de entrega e perda para quem a conheceu.
Era dia de festa do outro lado.
Era hora de ventar.
era...

[terça de sonho e friozinho (e estamos em Miami) com chuva...
um sono imenso, um cansaço enorme, meu corpo deita mas nao pousa sem teus braços.
acho que nao volto a dormir e ressonar para acordar inteira se nao for ao teu lado.
estou ai, dentro do Teu peito e agora estou condenada a andar aqui sem alma e p/ os que estao sem alma, nao ha horas de sono que deem jeito.
sigo branca, livida, labios vermelhos porque meu sangue corre aí em Tuas veias, nao sentes, longe que esta do meu proprio coraçao, se impulsiona distante e eu esfrio o corpo, com Teu coraçao batendo por nos dois enquanto o meu soluça no seco, longe dos líquidos quentes de que nos fazemos juntos.
minhas maos a procura de Voce no vazio vizinho, na amplidao alva impregnada do Teu cheiro, entre travesseiros e tudo isso se mistura aos sonhos em que voltam as nossas imagem em flashes, em pedaços, o quarto quase escuro, a luz da madrugada, Tuas pernas, os pelos do Teu peito, Tua língua rubra, peças de roupa perdidas, Teu riso, um leve suspiro...
e eu acordo com a impressao de que acabaste de Te evadir daqui, que em mim restam Teus afagos de sonho, a presença efemera do Teu riso, quando rias, a Tua respiraçao.
Adormeço insone, com pena dos meus seios tão longe das Tuas maos...]

[domingo de sol forte..ela acordou tarde, mexeu em uns livros e seus olhos marejaram de lagrimas - algo ali tinha cheiro de passado.
Tomou um bom banho e saiu caminhar com a cachorra, no som um pour porri de musicas brasileiras cantadas por mulheres e ela caminhando intercalou frases inteligentes com suspiros. cruzou entao com Ele, um Homem menino de sorrisos largos e historias mirabolantes na cabeça...sentaram e trocaram muito tempo informaçoes,inverdades, sentimentos e dependencias - como a do alcool, da droga.
Ela chorou sabendo que dependia dela o "life alive" Dele, que a força motriz dela era so pra ela...que o sol alimentava o sonho de ambos mas apenas um sabia digerir a energia. que a Lua deixava um rastro de luz necessario e que de novo so um conseguiria ver.
ela caminhou muito...foi longe e voltou tantas vezes quanto conseguiu...mas neste dia de sol forte, brisa do mar e vento forte, ainda com os olhso marejados, sentiu que era o momento de aportar seus sonhos em outro porto - silenciosa, adormeceu...]

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