[uma fresta de sol entrou pela janela dela, no mesmo momento do outro lado da cidade Ele se espreguiçava ainda na cama. Eram assim síncronos em sensações mesmo que demonstrassem de maneiras diferentes. ela despertou montando a viagem, Ele ficou pensando porque iria e sabia que essa conexão vinha de outros mundos. Lá! Uma década atrás Ele disse que a união deles vinha de outras vidas e não eram poucas - um anjo passou e ouviu - os uniu novamente. É quando o destino supera as razões e assim bem simplista se estabelece]
17.10 9h25




[a noite caiu e com ela novidades, impulsos. a lágrima escorre mas ela sabe que é preciso seguir e as mudanças todas que cada dor representa fizeram dela alguém que não vê importância em coisas que antes eram primordiais. seus valores mudaram, assim como o gosto do chocolate já não é mais bom, cozinhar já não tem mais o mesmo brilho e as manhãs cinzas podem continuar assim...ela ouve a mesma música sem parar, quem sabe é apenas para se convencer que o caminho já está trilhado. alguém podia lhe emprestar um mapa, mas quem???]
14.11 20h57



[as orelhas de molho movimentavam o mundo dela, hj ele está silencioso, dolorosamente silencioso. ela sorri de canto de boca, engole a lágrima que escorreu e torce para ter aprendido o que a orelhuda ensinou. hora de ir pra casa -vinho e mais silêncio.]
13.11 17h29


[o som da rua a deixava confusa, ela queria assim como Ele que o apocalipse batesse na sua janela e levasse tudo embora. Ele queria transformar medo em dúvida e dúvida em nostalgia, não deu certo. e ambos se calaram por dias, o papo voltou, o sarcasmo, a risada, as análises noscenses levaram os dois a um almoço árabe, uma arte russa em plena quinta cinza e paulistana. eram assim, cumplices até da birra do mundo]
13.11 14h51



[ela despertou de um sono profundo como se já tivesse passado do meio dia, eram 6h40 da manha. ela sorriu, bebeu água e resolveu caminhar. ipod no ouvido, Gadu no som e as ruas desertas de uma cidade imensa. ela pensou, repensou. essa vez não haveria crianças em casa, mas o sorriso delas estaria lá é preciso entender. tomou uma água de coco, riu de uma discussão de casal pensando: quanta besteira. voltou a si, caminhou, relembrou...já em casa um banho e um cochilo. o mundo pode muito nela, e ela estava disposta a ver até onde iria esse parapeito]
12.10 9h59



[o combinado era ela levar o vinho e Ele o sonho. fariam um picnic no meio da rua, embaixo da chuva e lá mesmo definiram o futuro. aquele dá próxima esquina, do próximo beijo, da próxima viagem. ela ficaria com as malas e Ele com o destino. e combinaram sem cobranças, cumplices de histórias e perdas apenas ser felizes juntos. ela seria mais generosa e Ele mais sarcástico. respeitariam suas ausências e os novos objetivos conjuntos. sim porque os dois entrariam com a amizade e o respeito. o resto tinha sido passado - a ferro.]
11.10 12h54


[eles riram, falaram da vida. viram vida nos olhos das crianças que transitaram pela sala. é o mundo pode ter conserto - que tenha, por eles. ela ajudou a servir os petiscos e contou detalhes. Ele contou dos projetos, dos Seus detalhes. cerveja gelada, queijos, risadas baixinhas. telefone. ela esta feliz pela amiga, feliz, cansada, casada, divertida, amiga mesmo. Ele estava feliz por compartilhar Seus projetos com outro que pode somar e que acreditou nas idéias.
Eles saíram em silêncio, perfil de missão de vida cumprida - de observar um mundo real, de ver que é possível e que cumplicidade é sim o maior ingrediente de um relacionamento. e os amigos possuiam um mundo e eram felizes.
eles?? estavam buscando o caminho...mesmo sabendo qual...]
11.10 0h25

0 comentários:

Postar um comentário

Seguem-me